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Saúde Mental e Educação

Na última semana assisti um filme chamado “Dias Perfeitos”, indicado ao Oscar 2024 como Melhor filme Internacional, que conta a história de um homem de meia idade de hábitos simples, mas que consegue encontrar alegria e prazer na vida. Meu texto de hoje não pretende fazer uma análise da obra cinematográfica, mas sim, refletir sobre os pensamentos e sentimentos que foram mobilizados em mim.

Fato importante é que na minha história, existe a persona Thaís que sente, vive, experimenta e procura definir o que faz sentido para a minha jornada pessoal, como também se apresenta a persona da Thaís psicóloga, aquela que escuta as histórias e sentimentos de tantas outras pessoas.

Nessas duas dimensões, a obra me levou a pensar sobre o mundo em que vivemos. Talvez aqueles que já leram outros textos meus possam entender como uma repetição de tema, mas a força do processo identitário que o modo de vista capitalista nos impõe, não pode ser visto com olhos ingênuos diante dos sofrimentos e da falta de sentido para viver que ele pode nos trazer, principalmente quando não conquistamos nossos “sonhos”. Para além disso, usamos o termo META ou PROJETO DE VIDA quando se trata de “educar” crianças e jovens para o futuro.

Vejo e escuto, incessantemente, o sofrimento humano dado pela dificuldade de alcançar essas Metas, e, principalmente, é mais difícil ainda aceitar e ser aceito socialmente, caso suas Metas caminhem para uma direção diferente daquela que é vendida como a certa, ou até mesmo a única. Tudo vira produto, tudo pode ser vendido; e então o dinheiro e o trabalho certamente passam a ser o que há de mais importante na vida de qualquer um.

Seria utópico e até hipócrita fazer aqui um texto incentivando a total contraposição à sociedade que a gente vive, mas insisto na ideia de que o pensamento crítico e as escolhas que fazemos são determinantes da nossa saúde mental. Se minha meta é ter uma vida de posses, luxos e riquezas, certamente terei que gastar muito do meu tempo e energia para isso. Em contrapartida, uma vida menos consumista pode exigir menos gasto de tempo para acumular dinheiro e consequentemente riqueza. Parece um paradoxo inesgotável para nossos tempos, mas que entendo como fundamental para orientar nossas escolhas.

Assim, entendo como uma necessidade pungente a educação como instrumento de construção de saúde mental. Conversar, refletir e tomar decisões que possam orientar nossas ações para uma vida com mais afetos positivos e experiências voltadas para o desenvolvimento da noção de justiça e bem comum são tão pertinentes nos discursos escolares, familiares e midiáticos, porém ainda muito escassos.

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