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Nesses últimos meses em que acompanhamos os Jogos Olímpicos e Paralímpicos alguns pensamentos me tomaram em busca de um entendimento acerca do termo Resiliência, que é classificado como um tipo de Competência necessária para o trabalho nos tempos modernos.
Resiliência como sendo uma habilidade em se adaptar, em se refazer, em estar sempre pronto para agir e se recuperar, suportando os mais diversos tipos de pressão. Toda essa força motriz que leva ao desenvolvimento da resiliência é um comportamento inato ao ser humano ou como uma competência aprendida?
Quando vejo vídeos dos atletas nos Jogos tenho a resposta para isso, certamente Resiliência se aprende. As emoções que nos atravessam ao longo de nossa jornada de vida não são escolhidos, são simplesmente sentidos. O que fazemos é treinar nossas emoções para agir de uma maneira ou outra de acordo com a nossa vontade. Muitas vezes estamos sentindo a mais difícil das emoções, mas demonstramos de uma outra maneira, para agradar aos outros, para nos adaptarmos a um grupo ou uma situação social, pois é a reação que se espera de nós.
É muito comum esse processo ser tão doloroso que nos causa uma extrema revolta, e se não damos conta disso, sentimo-nos fracassados. Quanto você acredita que tem possibilidade de se superar, de vencer dificuldades mas ao mesmo tempo o quanto você conhece seus limites e fragilidades e os aceita?
A psicoterapia nos leva a essas respostas e ao conhecimento de nós mesmos, daquelas que são nossas potencialidades, as que são as dificuldades e principalmente a realizar as escolhas das batalhas que realmente queremos lutar. Talvez não precisemos aceitar entrar em todas as “guerras” que se apresentam em nossas vidas, talvez a gente possa escolher o lugar que queremos exercer em cada uma delas; e em muitos casos, também precisamos escolher desistir.
Usar da resiliência em benefício de sua saúde mental, talvez seja aprender a discernir as diferentes batalhas e escolher aquelas que realmente fazem sentido para a sua alma.